Como eu queria, ser normal! Ter uma família que me defendesse... que me pusesse à frente de tudo e de todos... como eu queria que os outros (o mundo), acreditasse em mim...
como eu desejaria que o sexo oposto aceitasse que eu não sou travesti, que dou paixão na medida em que sinto paixão despertada num homem, na medida em que gosto de ser penetrada.
Como é desgostoso o estado lastimável em que o princípe da dinamarca me deixou.
Como é possível passar por burra, quando o meu único pecado é não ser socializável.
Quando de resto, para além de uma sensibilidade apuradíssima, funciono em termos de comportamentos interpessoais, e infelizmente não tenho como evitar e rebater o sistema e os outros que incarnam e interpretam esta velhaca estrutura sistémica pejada de pulgas por todo o lado. Ainda não arranjei o antídoto para matar estes escaravelhos e pisar as lagartixas, que ficam com o rabo a mexer mesmo depois de mortas!
Mas o que é facto é que fico relaxada quando mato algum desses animais repelentes...
Como é facto é que amanhã faço 48 anos... Como eu vou arranjando forças para lutar contra este mundo esterlizado em éter e massificado em opiniões difundidas parabólicamente.
Desgostosa com o lado direito, massemédiamente populista, desejaria uma social-democracia, julgo que encabeçada por Troski. Desejaria que a Ki falasse comigo sobre isso. Ela ou outro bloguista...